Dia Mundial da Poesia
Não podia deixar passar este dia em branco. Ainda mais porque Portugal, teve sempre grandes poetas. Desde Fernando Pessoa, que foi um grande senhor e que todos nós o estudamos. O nosso ilustre Miguel Torga, pelo qual nutro uma grande admiração, que conseguia passar para o papel aquilo que sentia de forma tão nobre. E se estivesse para aqui a referir poetas e mais poetas, nunca mais sairia daqui. Vou então hoje, homenagear o celebre Miguel Torga, assim vou partilhar um poema que tem o seu que de... Sei lá, acho que este está fantástico!! A forma como vê a sua doença, como a enfrenta e como vê que irá acabar. Mas nem por isso deixou de escrever.
Requiem por mim
"Aproxima-se o fim. E tenho pena de acabar assim,
Em vez de natureza consumada,
Ruína humana.
Inválido de corpo
E tolhido de alma.
Morto em todos os órgãos e sentidos.
Longo foi o caminho e desmedidos
Os sonhos que nele tive.
Mas ninguém vive
Contra as leis do destino.
E o destino não quis
Que eu me cumprisse como porfiei,
E caísse de pé, num desafio.
Rio feliz a ir ao encontro ao mar
Desaguar,
E, em largo oceano, eternizar
O seu esplendor torrencial de rio".
Miguel Torga – Diário XVI
1 Comentários:
Belo poema Sol! Gostei.
Também lá tenho um no meu tasco!
Jito grande
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